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Cassini agiu com prudência e decidiu não anunciar publicamente sua observação. Passaram-se 14 anos até 1686, quando ele viu novamente o misterioso objeto e decidiu falar.
O suposto satélite mostrava-se com a mesma fase que o planeta Vênus e parecia ter cerca de 1/4 de seu diâmetro.
Mais tarde, o misterioso objeto também fora observado por outros astrônomos, como James Short, em 1740, Andreas Mayer, em 1759 e ainda J. L. Lagrange, em 1761, que relatou que o plano orbital do satélite era perpendicular a eclíptica.
Durante o ano de 1761 o objeto foi visto num total de 18 vezes, por cinco diferentes astrônomos. Em junho desse ano ocorreu um trânsito de Vênus, isto é, a passagem de Vênus diante do disco solar... e ele estava em companhia de sua lua!
O suposto satélite mostrava-se com a mesma fase que o planeta Vênus e parecia ter cerca de 1/4 de seu diâmetro.
Mais tarde, o misterioso objeto também fora observado por outros astrônomos, como James Short, em 1740, Andreas Mayer, em 1759 e ainda J. L. Lagrange, em 1761, que relatou que o plano orbital do satélite era perpendicular a eclíptica.
Durante o ano de 1761 o objeto foi visto num total de 18 vezes, por cinco diferentes astrônomos. Em junho desse ano ocorreu um trânsito de Vênus, isto é, a passagem de Vênus diante do disco solar... e ele estava em companhia de sua lua!
Nos anos seguintes as observações continuaram. Afinal, não era difícil ver a lua de Vênus. Porém, em 1766, o diretor do Observatório de Viena publicou um artigo onde declarava que todas as observações do suposto satélite não passavam de uma ilusão de ótica – a imagem de Vênus era tão brilhante que refletia no olho do observador, voltando ao telescópio e criando uma imagem secundária em menor escala.
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Destino misterioso
EM 1884 O DIRETOR DO ROYAL OBSERVATÓRIO de Bruxelas, M. Hozeau, sugeriu uma explicação diferente.
Analisando os dados de observações recentes, Hozeau concluiu que o objeto não era uma lua de Vênus, mas um planeta em si, orbitando o Sol em 283 dias, e dessa forma aparecendo próximo a Vênus a cada 1080 dias. Hozeau deu ao objeto o nome de Neith, a misteriosa deusa egípcia dos céus, cujo véu nenhum mortal poderia retirar.
Três anos mais tarde a Academia de Ciências da Bélgica publicou um longo artigo onde cada observação anterior de Neith era analisada em detalhes.
Algumas de fato acabaram se revelando meras estrelas na "vizinhança" de Vênus. Depois disso apenas um outro artigo foi publicado, em 1892. Foi quando E. E. Barnard relatou um objeto de sétima magnitude próximo a Vênus.
Mas não havia nenhuma estrela na posição apontada por Barnard e ele era um excelente observador. Até hoje ninguém sabe o que ele viu. Poderia ser um asteróide não catalogado ou uma estrela nova de vida curta, que ninguém mais observou. Neith ate então nunca mais foi vista. O asteroide 2002 VE68, descoberto em 11 de novembro de 2002 por Brian Skiff, é um quase-satélite de Vênus.
EM 1884 O DIRETOR DO ROYAL OBSERVATÓRIO de Bruxelas, M. Hozeau, sugeriu uma explicação diferente.
Analisando os dados de observações recentes, Hozeau concluiu que o objeto não era uma lua de Vênus, mas um planeta em si, orbitando o Sol em 283 dias, e dessa forma aparecendo próximo a Vênus a cada 1080 dias. Hozeau deu ao objeto o nome de Neith, a misteriosa deusa egípcia dos céus, cujo véu nenhum mortal poderia retirar.
Três anos mais tarde a Academia de Ciências da Bélgica publicou um longo artigo onde cada observação anterior de Neith era analisada em detalhes.
Algumas de fato acabaram se revelando meras estrelas na "vizinhança" de Vênus. Depois disso apenas um outro artigo foi publicado, em 1892. Foi quando E. E. Barnard relatou um objeto de sétima magnitude próximo a Vênus.
Mas não havia nenhuma estrela na posição apontada por Barnard e ele era um excelente observador. Até hoje ninguém sabe o que ele viu. Poderia ser um asteróide não catalogado ou uma estrela nova de vida curta, que ninguém mais observou. Neith ate então nunca mais foi vista. O asteroide 2002 VE68, descoberto em 11 de novembro de 2002 por Brian Skiff, é um quase-satélite de Vênus.
Fonte: Astronomia no Zênite
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